A palavra “basílica” vem do grego: basiliké (stoá), ou seja, pórtico régio. Em Atenas Antiga, era a residência do assim chamado arconte rei, autoridade que administrava a Justiça.
O modelo foi largamente desenvolvido pelo Império Romano, tendo as construções de caráter multifuncional, já que abrigavam assembleias, atividades cívicas, reuniões, além de servir como tribunais e espaços comerciais.
Era sempre um edifício grande e comprido, geralmente composto por uma nave central, mais duas laterais e que terminava com uma ou mais absides, o recinto semicircular ou poligonal. Quando a palavra “basílica” aparece em escritos dos primeiros séculos do Cristianismo, ela está sempre ligada ao lugar em que há reuniões litúrgicas.
A basílica é apresentada unida ao conceito de casa, a “Casa do Senhor”, lugar de reunião dos fiéis. Assim, faz referência ao “palácio real do céu” ou ao “reino dos céus”. A partir do século IV, a estrutura da basílica romana foi assimilada pelo Cristianismo, por aliar o interior espaçoso para o culto cristão com a grandiosidade da religião.
Nos dias atuais, nem todas as igrejas em que se reúnem os fiéis mantêm a arquitetura que caracterizava as basílicas antigas. O termo aplica-se a igrejas que têm esse título por uma tradição imemorial ou, atualmente, por concessão do Papa.
BASILICA MAIOR
O título de Basílica Maior ou Basílica Patriarcal é dado apenas a quatro basílicas: São Pedro (Vaticano), São João de Latrão (Roma), Santa Maria Maior (Roma), e São Paulo Fora dos Muros (Roma). Elas são ligadas diretamente ao Vaticano e colocadas sob autoridade do Papa. A Basílicas Maiores têm uma história que vem desde as origens do Cristianismo e sempre foram metas de grandes romarias.
BASILICA MENOR
O título de Basílica Menor é concedido às outras basílicas no mundo todo, como reconhecimento de sua importância dentro do contexto espiritual e religioso do lugar em que se encontram. É o caso do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO).
A maior riqueza das basílicas é o espiritual imensurável. A Basílica é a Roma na Diocese.
Atualmente, o Papa concede o título às igrejas consideradas importantes por diversos motivos: veneração que lhe devotam os cristãos, importância que foram adquirindo ao longo do tempo e beleza artística de sua arquitetura e decoração.
SANTUARIO BASILICA DO DIVINO PAI ETERNO
No centenário da Romaria, em 1943, o arcebispo de Goiás, na época Dom Emanuel Gomes de Oliveira, lançou a pedra fundamental do atual Santuário. Em 1955, apesar de todos os esforços, a obra ainda não havia saído dos alicerces. Já em 1957, com a criação e instalação da Arquidiocese de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos apresentou um projeto para a construção. Assim, a partir de 1974, as novenas e a Festa do Divino Pai Eterno já eram realizadas no local. Em 1994, com ajuda dos romeiros e devotos, o templo foi totalmente reformado, se tornando ainda mais digno de ser chamado de “Santuário do Divino Pai Eterno”.
É a única Basílica no Mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. Em 4 de abril de 2006, o então Papa Bento XVI concedeu este título ao Santuário e, em 18 de novembro de 2006, se deu a instalação da Sacrossanta Basílica.
Dom Washington Cruz C.P., arcebispo de Goiânia, enviou um pedido a Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos para que o até então Santuário do Divino Pai Eterno fosse elevado à categoria de Basílica Menor. O título foi dado no ano que marcou o Jubileu de 50 anos da Arquidiocese de Goiânia, em Goiás.
De vários pontos da cidade, é possível avistar o templo, que faz parte da história trindadense e chama atenção pela beleza arquitetônica. O Santuário Basílica encanta os devotos com seus belos vitrais, cúpula, capelas, gruta, sala dos milagres e confessionários.
Fonte: AFIPE.