No Centro Educacional de Capacitação e Apoio ao Menor (Cecam), em Trindade (GO), cada braçada e pernada durante as aulas de natação é um pedacinho de um objetivo, de um sonho. O quadro Em Nome da Vida, exibido no Programa Pai Eterno desta terça-feira, 16, mostrou que a Obra Social Redentorista atende jovens e adultos com aulas de natação, além de inúmeras oficinas esportivas, artísticas e de capacitação profissional.
O educador social Welson Mello de Oliveira explicou que as aulas são também um momento de integração social: “É uma hora de duração. Terça, quinta e aos sábados pela manhã. As turmas são divididas e não tem faixa etária, meninos e meninas fazem juntos. Tem só a separação daqueles que são veteranos, que ficam na turma das 16h”.
O estudante Fernando de Oliveira Vaz tem 15 anos e se achava meio franzino. Começou a nadar para se desenvolver melhor fisicamente. “Eu sou muito baixinho, minha mãe me levou ao médico e ele mandou fazer exercício físico. Aí a natação é um exercício muito bom para crescer”, comentou. Mas a natação é só um dos esportes que ele pratica. Ele contou que está no Cecam praticamente todos os dias: “Faço futsal, violão, computação”.
Já o estudante Erick Davi de Oliveira Pereira, 13 anos, teve uma paralisia ainda no nascimento que o deixou com sequelas nos membros do lado direito do corpo, mas nada disso o impede de praticar o esporte. “Eu sou atleta, acho muito bom”, afirmou.
A piscina, o professor, as aulas e o próprio Cecam têm grande importância nas vidas desses meninos. Soma-se a isso algo essencial, e que está dentro deles: a vontade de lutar pelo futuro. O fôlego para vencer. “A cada dia eu vou melhorando muito mais, quando eu for perfeito eu vou entrar para a Olimpíada”, declarou Erick.
Para o Fernando, os cursos ajudam muito a ter uma vida melhor. Por isso, fez um convite especial a todas as crianças e jovens: “O curso de computação já ajuda muito a gente a conseguir um emprego melhor. Crianças, para não ficarem nas ruas fazendo coisas erradas, vêm para cá, vamos fazer várias coisas, alimentação. Não será maltratado, pode jogar bola, violão. Será bem melhor”.
Esse projeto é um belo trabalho, que todos no Cecam costumam chamar também de amizade. “Eu acho que eu aprendo mais com eles do que eles comigo. Eu passo apenas o fundamento para eles, mas eles me ensinam a vivência, a amizade que poucas vezes a gente tem. Todos os dias eles estão aqui com aquele sorriso, que traz uma alegria para sempre estarmos trabalhando mais e desenvolvendo melhor o nosso trabalho aqui dentro”, ressaltou o educador social Welson Mello de Oliveira.
Fonte: paieterno.com