As tradicionais festas juninas celebram as memórias de alguns santos da Igreja Católica. Amanhã, 13 de junho, é dia de Santo Antônio de Pádua, que segundo a tradição popular é o santo casamenteiro. Este foi o tema da entrevista exibida no Programa Pai Eterno desta segunda-feira, 12. O repórter Douglas Branquinho conversou com o professor e pesquisador José Antônio de Camargo.
Douglas Branquinho: Quem foi Santo Antônio e por que ele ficou tão popular aqui no Brasil?
José Antônio de Camargo: Santo Antônio foi trazido pelos frades portugueses que vieram junto com os nossos descobridores e depois nossos colonizadores. Os franciscanos celebraram a primeira missa em território brasileiro, e foi a partir daí que praticamente a devoção a Santo Antônio, se espalhou rapidamente a medida em que os portugueses foram adentrando o país. E com eles, os franciscanos. Quanto a Santo Antônio, ele é bastante conhecido no que diz respeito aos milagres que ele fez e pouco conhecido como um renomado intelectual, professor, escritor, nascido em Portugal, falecido em Pádua. O último sermão que ele escreveu foi em louvor a São Pedro e São Paulo, cuja Festa é em 29 de junho. Então, esses sermões integram a sua ópera, que também por esta razão, está a elevação dele a doutor da Igreja.
Douglas Branquinho: Qual é basicamente a diferença entre a devoção a Santo Antônio aqui no Brasil e a devoção lá em Portugal?
José Antônio de Camargo: Nenhuma diferença, até porque quando os portugueses chegaram aqui e com eles os franciscanos, que são os primeiros missionários, eles trazem essa devoção ao santo, que é popular, e é missionário pregador, descoberto.
Fonte: Afipe